Câmara Municipal de Araraquara

Data: 19/01/2022

Protocolo: 00600/2022

Guichê: 5067 - 20/01/2022

Situação: Aguarda resposta

Regime: Ordinário

Autoria: JOÃO CLEMENTE

Assunto: Indica a realização de estudos e análises objetivando seja elaborada e implementada uma Política Pública Psicossocial de Atenção e Atendimento às Normoses.

Texto: Apresentamos, muito respeitosamente, ao Excelentíssimo Senhor Prefeito Municipal, a presente Indicação para que, em consonância aos demais órgãos desta Preclara Administração Pública, Secretarias, Coordenadorias e Gerências, depositárias do nosso mais profundo respeito, se dignem na realização de estudos e análises objetivando seja elaborada e implementada uma Política Pública Psicossocial de Atenção e Atendimento às Normoses – como afecção psíquica da normalidade.

Justificativa: À guisa de considerações, à luz dos ensinamentos de Pierre Weil, Jean-Ives Leloup e Roberto Crema, a denominada “doença da normalidade” se definiria como Normose, “in verbis”: sendo um repertório de normas, conceitos, categorias, valores, princípios, costumes de pensamento, sentimento e ação, aprovados por determinada maioria da sociedade, mas que causam sofrimento, dor, doença. Em outras palavras, o normótico adentra a um sistema social-organizacional debilitado, e segue agindo como a maioria – gerando estagnação. Guardadas as proporções, como lecionou Guillaume Le Blanc, “a doença do homem normal é uma doença da imobilidade. Saber mover a mente é contribuir para superar esta enfermidade”. Ademais, no documento de Constituição da Organização Mundial de Saúde (OMS), é referido que os princípios basilares da OMS “são fundamentais para a felicidade de todos os povos, para a harmonia de suas relações e para sua segurança, e, ato contínuo, afirma que “a saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença ou enfermidade”. Edgar Morin, perquire que o mundo é um todo indissociável, propondo a análises dos fenômenos como integralidade orgânica. Frijot Capra, em A Teia da Vida discorre que “para recuperar nossa plena humanidade, temos de recuperar nossas experiência de conexidade com toda a teia da vida”, leia-se com todo o meio ambiente natural. Assim, a Política Pública Psicossocial de Atenção e Atendimento às Normoses – como afecção psíquica da normalidade, e seus aprofundamentos nos meandros existentes, podem incentivar as pessoas à autorreflexão pessoal e social, e, paralelamente, contribuir para a formação de uma sociedade mais humana, fraterna, caridosa e amorosa.