Câmara Municipal de Araraquara

Data: 19/11/2021

Protocolo: 09436/2021

Guichê: 72842 - 22/11/2021

Situação: Respondida

Regime: Ordinário

Autoria: JOÃO CLEMENTE

Assunto: Indica a realização de estudos e análises objetivando a abertura dos Restaurantes Populares Municipais também aos domingos e feriados.

Texto: Apresentamos, muito respeitosamente, ao Excelentíssimo Senhor Prefeito Municipal, a presente Indicação para que, em consonância aos demais órgãos desta Preclara Administração Pública, Secretarias, Coordenadorias e Gerências, dignas do nosso mais profundo respeito, se dignem na realização de estudos e análises objetivando a abertura dos Restaurantes Populares Municipais também aos domingos e feriados.

Justificativa: À guisa de considerações, entende-se que a abertura dos Restaurantes Populares Municipais também aos domingos e feriados atenderá centenas, quiçá milhares de pessoas, contribuindo com a mitigação da fome de segunda a segunda, todos os dias do ano. É a Prefeitura Municipal efetivando políticas públicas de combate à fome em consonância com o que a população atendida espera. De file:///C:/Users/rodri/Downloads/relatorio_The_Hunger_Virus_sem_embargo-1.pdf, disponível em https://www.oxfam.org.br/especiais/o-virus-da-fome-se-multiplica/: “Consequências econômicas da COVID-19: Mais de um ano e meio depois que a pandemia do coronavírus foi declarada, o declínio econômico causado pelos lockdowns e o fechamento de fronteiras, empresas e mercados piorou a situação das pessoas mais desfavorecidas e levou ao aumento da fome. A atividade econômica global encolheu 3,5% e a pobreza aumentou 16%. Em todo o mundo, 33 milhões de trabalhadores perderam seus empregos em 2020. A pandemia gerou desemprego em massa, causando a perda de 3,7 trilhões de dólares em renda do trabalho – o equivalente a 4,4% do PIB global de 2019. Choques econômicos potencializados principalmente pela pandemia levaram mais de 40 milhões de pessoas à fome em 17 países – em comparação com quase 24 milhões no ano anterior. Este é um aumento de quase 70% em relação ao ano anterior e não representa os 3 bilhões de pessoas que já não conseguiam ter uma alimentação saudável mesmo antes da pandemia – um número que provavelmente aumentará em 2021. Em nível global, os preços dos alimentos subiram quase 40% desde 202040 – o maior aumento em mais de uma década. Isso foi impulsionado pelo crescimento da demanda por biocombustíveis, lockdowns e fechamentos de fronteiras que continuam a interromper o fluxo de alimentos. A inflação está tornando a comida inacessível para muitas pessoas, mesmo quando está disponível. Isso acontece principalmente em países como Iêmen ou Haiti, que importam a maior parte de seus alimentos e não conseguem proporcionar subsídios, mecanismos de controle de preços ou transferências de dinheiro para aumentar o poder de compra das pessoas. Os preços mais altos não têm gerado necessariamente lucros maiores para os produtores de alimentos, principalmente os pequenos agricultores que não conseguiram comprar sementes e fertilizantes ou transportar seus produtos às feiras. Sem instalações adequadas para armazenamento ou acesso aos mercados, os agricultores foram forçados a vender a qualquer preço, mesmo com prejuízo, ou assistir ao apodrecimento de suas colheitas. Como resultado, 88% dos agricultores nigerianos entrevistados em agosto passado disseram ter perdido metade da renda durante a pandemia. Os trabalhadores agrícolas também perderam sua renda, pois não conseguiam chegar ao campo. A pandemia também revelou o maior aumento da desigualdade desde o início dos registros. Enquanto os pequenos agricultores perderam suas receitas, as dez maiores empresas produtoras de alimentos e bebidas aumentaram as suas em quase 10 bilhões de dólares entre 2019 e 2020. O aumento dessas receitas empresariais, por si só, teria sido mais do que suficiente para pagar pelo apelo de segurança alimentar humanitária de 2021”.